A dopamina é um neurotransmissor - uma molécula que os neurônios liberam para se comunicar - que é sintetizada a partir do aminoácido tirosina. Ao aumentar a quantidade de dopamina em certas regiões do cérebro, o exercício pode exercer uma série de benefícios à saúde que podem promover um bem-estar positivo e até contrariar estados mentais negativos. Embora grande parte da pesquisa seja nova e deva ser confirmada em estudos futuros, o potencial de exercício no apoio à saúde mental é promissor.
Estresse e Depressão
O exercício é benéfico para aliviar a depressão, e isso se deve ao efeito da atividade física na síntese de neurotransmissores. A dopamina pode ter um papel distinto no combate ao estresse e no combate à depressão, agindo no sistema límbico, uma parte do cérebro que é importante na resposta emocional. Um artigo publicado em "Neuro Endocrinology Letters" em 2010 encontrou "uma estreita conexão com os circuitos de prazer, recompensa e motivação do cérebro que estão particularmente ligados a estruturas límbicas e à sinalização endógena de dopamina, morfina e óxido nítrico".
Vício
Pensa-se que os vícios sejam devidos, em parte, à liberação de dopamina no núcleo accumbens - o centro de "recompensa" do cérebro. O exercício pode aumentar os níveis de dopamina no cérebro nesses mesmos ciclos viciantes. Todos conhecemos pessoas que são "viciadas" em se exercitar. Dessa maneira, o exercício pode criar novos caminhos positivos para o vício, que podem combater comportamentos viciantes negativos. Um artigo publicado na "Current Neuropharmacology" postula que a liberação de dopamina no exercício pode combater a dependência de anfetaminas.
Obesidade
Algumas escolas de pensamento consideram a obesidade uma forma de dependência alimentar. Como em todos os comportamentos viciantes, o consumo de alimentos que resulta em obesidade desencadeia a liberação de dopamina no núcleo accumbens em resposta à comida. Obviamente, o exercício combate a obesidade queimando calorias, mas aumentando a síntese de dopamina no núcleo accumbens, também pode ajudar a combater os mecanismos de dependência alimentar. O potencial do exercício para combater alergias alimentares é discutido em um artigo publicado no "The Journal of Experimental Biology" em 2011.
Mal de Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição neurológica caracterizada por rigidez muscular, falta de movimentos voluntários e tremores. A condição é causada pela degeneração das células de dopamina em uma parte do cérebro chamada de gânglios da base. Ao promover a síntese da dopamina, o exercício pode ajudar a combater alguns dos sintomas da doença de Parkinson. Um artigo publicado no "Journal of Neuroscience" em 2007 encontrou resultados em apoio a essa teoria usando modelos de mouse. Giselle Petzinger, a principal pesquisadora do estudo, disse ao "Science Daily" que "células dopaminérgicas sobreviventes em nossos modelos animais - feitas para simular o que os pacientes de Parkinson sofrem - submetidas a exercícios intensivos em esteira parecem trabalhar mais".