Como as bebidas energéticas afetam as habilidades cerebrais e motoras?

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Anonim

As bebidas energéticas tornaram-se uma parte muito popular de nossa cultura, e muitas pessoas as substituem por uma xícara de café da manhã ou as usam como um "apanham-me" nas primeiras horas da tarde. Essas bebidas são extremamente ricas em cafeína, um composto que tem efeitos diretos no cérebro e no controle motor. Embora a cafeína tenha alguns efeitos benéficos, os níveis presentes nas bebidas energéticas também podem causar sintomas como ansiedade, tensão e dificuldade nas tarefas motoras finas, como a escrita.

As bebidas energéticas não contêm apenas cafeína - elas também contêm uma grande quantidade de açúcar que pode levar a um acidente no final do dia. Crédito: Stockbyte / Stockbyte / Getty Images

Conteúdo de bebidas energéticas

As bebidas energéticas contêm grandes quantidades de cafeína juntamente com menores quantidades de estimulantes, como guaraná e ginseng. A quantidade de cafeína encontrada nas bebidas energéticas varia de 75 a 200 miligramas por porção, e é importante lembrar que existem várias porções em cada lata da maioria das bebidas energéticas.

Bebidas energéticas têm níveis significativamente mais altos de cafeína do que outros refrigerantes. De acordo com o Centro de Ciência de Interesse Público, a Red Bull contém 80 miligramas de cafeína por porção de 8, 3 onças, enquanto a Monster e a Rockstar têm 160 miligramas por porção de 16 onças. Por outro lado, Mountain Dew e Pepsi contêm 54 e 38 miligramas de cafeína por cada lata de 12 onças, respectivamente.

Controle motor

A cafeína age desligando os receptores de adenosina no sistema nervoso central. A adenosina é um neurotransmissor que nos ajuda a dormir e nos impede de estar excessivamente alertas; quando a cafeína inibe os locais receptores da adenosina, o neurotransmissor não tem mais efeito e nos tornamos mais alertas e excitados. De acordo com o Gatorade Sports Science Institute, isso pode parecer motorizado, como tiques, tremores motores e dificuldades nas tarefas de controle motor, como a escrita.

A cafeína também tem efeitos no sistema nervoso periférico, que se refere a todas as estruturas neurológicas que estão fora do cérebro e da medula espinhal. Um estudo publicado no The Journal of Physiology mostra que a cafeína facilita o disparo autossustentado de unidades motoras, também conhecido como contração muscular involuntária, que também pode prejudicar o controle motor fino.

Tempo de reação

Um estudo realizado no Asian Journal of Sports Medicine mostra definitivamente que a cafeína reduz significativamente o tempo de reação. No entanto, de acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, a quantidade de cafeína ingerida é importante: apenas bebidas que contêm pelo menos 75 miligramas de cafeína por porção causam uma melhora no tempo de reação.

Pesquisas realizadas na Universidade do Colorado Boulder afirmam que pode haver mais fatores envolvidos na relação entre cafeína e tempo de reação. Indivíduos que têm uma alta tolerância à cafeína podem não mostrar tanto uma diminuição no tempo de reação quanto aqueles que não são regularmente expostos à cafeína. As pessoas que estão cansadas também podem mostrar uma melhora no tempo de reação depois de consumir cafeína, em comparação com as que estão bem descansadas e alertas.

Razão e lógica

Foi demonstrado que a cafeína melhora a recuperação tardia, a solução de problemas e o raciocínio lógico, especialmente em pessoas com altos níveis de fadiga. Segundo a Fundação Conselho Internacional de Informação Alimentar, o consumo diário de 300 miligramas de cafeína pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo com o envelhecimento em mulheres.

Pesquisa no Journal of Alzheimer's Disease afirma claramente que, embora a cafeína tenha maiores efeitos sobre a função cognitiva de indivíduos fatigados, é importante lembrar que a cafeína não é um potenciador cognitivo direto. A cafeína causa uma melhoria indireta na cognição, aumentando o estado de alerta, humor e concentração e, como tal, pode ter diferentes graus de eficácia em indivíduos com base em seus níveis de fadiga.

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