O Jiu-Jitsu japonês foi uma das primeiras artes marciais a se transformar em um sistema que poderia ser praticado e ensinado. Isso aconteceu muito antes da versão brasileira, que não foi formada até o início dos anos 1900, quando uma família brasileira, os Gracies, pegou a antiga arte marcial japonesa e a modernizou. Hoje, sua versão brasileira é ministrada em escolas de todo o mundo e é reconhecida como uma das formas mais eficazes de autodefesa.
Jiu-Jitsu Japonês
As origens do Jiu-Jitsu japonês não são claras porque se formaram séculos atrás. Especula-se que tenha se originado na Índia entre monges budistas que estavam procurando uma maneira de se defender pacificamente.
O nome Jiu-Jitsu pode ser traduzido aproximadamente como o "caminho pacífico", o que significa que ele deve ser realizado sem armas.
Arte marcial militar
No entanto, outra escola de pensamento é que a arte foi desenvolvida para soldados samurais que estavam desarmados durante o combate. Isso significa que a forma original do Jiu-Jitsu provavelmente foi muito mais violenta do que a praticada hoje. Ao longo dos anos, provavelmente foi destilado em uma arte que poderia ser ensinada aos cidadãos por esporte e recreação, tornando-a muito menos perigosa.
A versão original era uma mistura de luta livre e outras técnicas de mãos nuas que usavam alavancagem e fricção para derrotar um oponente em vez de socos e pontapés. Eles também usaram finalizações para ferir seus oponentes. O Jiu-Jitsu japonês também foi muito mais variado e complexo do que a versão brasileira ensinada hoje.
Judo
A primeira escola japonesa de Jiu-Jitsu foi formada em 1532 por um homem chamado Hisamori Tenenuchi. Nos anos 1800, outra forma de arte marcial que incorporava o Jiu-Jitsu foi formada no Japão, chamada Judô. Tornou-se rapidamente a arte marcial oficial do Japão depois que se mostrou mais eficaz em combate.
Jiu Jitsu brasileiro
O Jiu-Jitsu japonês, que era conhecido como Judô naquele momento, foi apresentado à família Gracie no Brasil em 1914 Esia Maeda, uma campeã de Judô. Um dos membros da família Gracie, um garoto chamado Helio, era fisicamente frágil e incapaz de participar quando menino. Em vez disso, ele assistiu seus irmãos dar aulas na academia de Jiu-Jitsu da família.
Um dia, seu irmão mais velho apareceu para dar uma aula e Hélio entrou para ensinar para ele. Ele ensinou bem desde que memorizava as técnicas há anos à margem.
Colocando à prova
Depois disso, Helio começou a criar seu próprio sistema de Jiu-Jitsu que funcionaria para seu físico mais fraco. Ele modificou os movimentos do estilo japonês original e criou o seu, que acabou sendo apelidado de Jiu-Jitsu brasileiro.
Ele usou seu estilo para derrotar alguns dos melhores artistas marciais do Brasil. Ele até desafiou o campeão de Jiu-Jitsu do Japão, que pesava 80 quilos a mais que Hélio, e impressionou tanto o campeão que ele foi convidado a ensinar no Japão.
A versão brasileira do Jiu-Jitsu é muito mais simplificada que a versão japonesa, o que é mais provável por ser tão popular. Ao incluir menos técnicas na arte, os brasileiros conseguem concentrar sua prática em aperfeiçoar e dominar menos habilidades. Agora é um esporte competitivo com um campeonato internacional.
Artes marciais mistas
O Jiu-Jitsu brasileiro também foi popularizado por um esporte americano chamado Mixed Martial Arts, ou MMA. Em uma luta de MMA, os competidores podem usar chutes, socos, joelhos, cotovelos, quedas ou finalizações para derrotar um oponente. O jiu-jitsu brasileiro se presta muito bem ao esporte, porque é uma maneira muito eficaz de neutralizar um oponente, derrubá-lo e forçá-lo a finalizar.
De fato, o filho de Helio Gracie, Royce Gracie, foi um dos primeiros campeões da maior federação de artes marciais mistas do mundo, o UFC. Ele venceu três campeonatos no total e foi um dos lutadores mais influentes do esporte. Ele provou a eficácia do Jiu-Jitsu brasileiro contra adversários de diferentes origens, como boxe e luta de sumô.