L-glicina, ou glicina, é um aminoácido não essencial, o que significa que seu corpo pode produzi-lo por conta própria se não houver glicina suficiente disponível em sua dieta. A glicina é o menor aminoácido em tamanho, mas tem muitos efeitos poderosos em seu corpo e está envolvida em uma variedade de reações bioquímicas. A glicina é encontrada naturalmente em produtos de origem animal, incluindo carne, peixe, aves e laticínios, mas também pode ser ingerida como suplemento nutricional. Como a glicina é produzida naturalmente pelo seu corpo, ela tem uma toxicidade muito baixa e qualquer excesso de glicina que você ingere será excretado na urina. Pergunte ao seu médico sobre glicina antes de usá-lo como um complemento nutricional para garantir que seja adequado para você.
Funções básicas
A glicina é importante para a construção de filamentos saudáveis de DNA e RNA, que são os componentes genéticos necessários para o bom funcionamento das células do corpo. A glicina é um dos três aminoácidos que formam a creatina, que podem ajudar a promover o crescimento muscular e a produção de energia durante o exercício. A glicina também é o principal componente do colágeno, o tecido conjuntivo não contrátil que constitui a maior parte da pele, tendões e ligamentos.
Metabolismo
A glicina atua como um aminoácido glicogênico, o que significa que pode ajudar seu corpo a regular os níveis de açúcar no sangue e fornecer glicose a vários tecidos do corpo para obter energia. Os aminoácidos glicogênicos controlam a quantidade de açúcar no sangue que é liberada na corrente sanguínea a partir do fígado e das reservas de gordura e regula a quantidade de glicose que é absorvida pelos músculos esqueléticos para ser usada como energia. Como resultado, a suplementação de glicina pode beneficiar pessoas que sofrem de hipoglicemia ou baixo nível de açúcar no sangue, anemia e fadiga crônica.
Sistema digestivo
Seu sistema digestivo depende de glicina para funcionar normalmente. A glicina é encontrada em altas concentrações na vesícula biliar e auxilia na produção de bile, que é uma substância usada para digerir os ácidos graxos da dieta. A glicina é um ingrediente comum nos antiácidos devido à sua capacidade de equilibrar a proporção ácido-base no trato digestivo, de acordo com um estudo de 2006 publicado no "Journal of Pharmaceutical Sciences".
Sistema nervoso
Segundo o livro "Anabolic Primer", a glicina é mais conhecida por seus efeitos no sistema nervoso. A glicina afeta a produção de neurotransmissores cerebrais, essenciais para manter a função e as emoções normais do cérebro. A suplementação de glicina também pode ajudar a tratar os sintomas associados à privação do sono. Em um estudo de 2007 publicado na revista "Sleep and Biological Rhythms", os pesquisadores descobriram que a suplementação de glicina melhorou as medidas subjetivas e objetivas da qualidade do sono em pacientes que experimentavam um sono continuamente insatisfatório.