O aspartame (NutraSweet, Equal) é um adoçante não nutritivo que é aproximadamente 200 vezes mais doce que o açúcar. Pode ser encontrada em muitos alimentos com baixas calorias, incluindo refrigerantes dietéticos, iogurte, chiclete, sorvete, picolés, geléias, geléias, doces e cereais matinais. O aspartame também está disponível em pó para ser usado como adoçante de mesa. A Academia Americana de Nutrição e Dietética, a Associação Americana de Diabetes e a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA consideram o aspartame uma alternativa segura ao açúcar. Além disso, vários estudos concluíram que o aspartame não tem efeito significativo nos níveis de açúcar no sangue ou insulina. Alguns estudos, no entanto, chegaram a uma conclusão diferente.
Efeitos sobre o açúcar no sangue
Os efeitos do aspartame no açúcar no sangue foram estudados em ambos os animais em seres humanos. Embora algumas pesquisas em animais sugiram que o aspartame possa elevar o açúcar no sangue, a relevância desses achados para os seres humanos não é clara. Por exemplo, um estudo publicado na edição de outubro de 2014 da "Nature" descobriu que ratos magros alimentados com aspartame por 11 semanas desenvolveram altos níveis de açúcar no sangue. Os pesquisadores especulam que adoçantes artificiais como o aspartame podem alterar bactérias intestinais saudáveis, melhorando o transporte de açúcar do intestino para o corpo e elevando o açúcar no sangue. Outro estudo com animais, publicado na edição de outubro de 2014 da "PLoS ONE", também descobriu que a alimentação de roedores em doses baixas de aspartame afetava as bactérias intestinais saudáveis. Isso aumentou a produção de propionato - um produto químico que estimula a produção de açúcar - e elevou o açúcar no sangue.
A pesquisa humana, no entanto, conta uma história diferente. Por exemplo, uma revisão do "Journal of the American Dietetic Association" de dezembro de 2010, envolvendo mais de 2.000 pessoas, constatou que adoçantes não nutritivos como o aspartame não afetam o açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 2 (T2DM). Da mesma forma, uma análise "Arquivos da Saúde Pública" de outubro de 2015, de 31 ensaios clínicos e 2 avaliações, também relatou que o consumo de adoçantes não nutritivos como o aspartame por períodos de até 18 semanas não afeta o açúcar no sangue em pessoas com ou sem diabetes.
Efeitos na insulina
O hormônio pancreático insulina ajuda a regular a quantidade de açúcar no sangue após as refeições. O aumento do açúcar no sangue após as refeições refere-se principalmente à quantidade de carboidratos consumidos. Como o aspartame é livre de carboidratos, não é esperado que ele afete os níveis de insulina. No entanto, um estudo muito pequeno publicado na edição de julho de 2007 da "Diabetes Care" relatou o contrário. Os pesquisadores estudaram 14 homens com DM2 que foram alimentados com café da manhã adoçado com aspartame, açúcar de mesa ou frutose em dias diferentes, seguidos de exercícios rigorosos. Os pesquisadores observaram aumentos similares nos níveis de insulina com as refeições açucaradas com aspartame e com açúcar de mesa.
No entanto, estudos maiores não apóiam esse achado. Por exemplo, um estudo publicado em setembro de 1998 no "American Journal of Clinical Nutrition" envolveu a administração de uma grande dose de aspartame - o equivalente diário de cerca de 20 latas de refrigerante diet - a 48 pessoas saudáveis sem diabetes por 20 dias. Os pesquisadores não encontraram efeito sobre os níveis de insulina. Pesquisas mais recentes sobre esse tópico foram publicadas na edição de agosto de 2010 da "Appetite". Os pesquisadores descobriram que os níveis de insulina de 14 participantes do estudo eram significativamente mais baixos depois de comer um lanche adoçado com aspartame do que depois de um lanche adoçado com açúcar.
Efeitos secundários sobre insulina e açúcar no sangue
Estar acima do peso ou obeso estimula a resistência à insulina, a principal anormalidade metabólica em pessoas com DM2. A resistência à insulina, por sua vez, aumenta os níveis de insulina e de açúcar no sangue. Muitas pessoas usam produtos adoçados com aspartame em vez de açúcar, em um esforço para controlar seu peso. No entanto, dois grandes estudos publicados na edição de agosto de 2008 da "Obesity" e na edição de março de 1986 da "Preventive Medicine" descobriram que beber bebidas adoçadas com adoçantes não nutritivos como o aspartame estava associado ao ganho de peso.
No entanto, uma revisão de junho de 2006 do "Nutrition Bulletin" de 16 estudos envolvendo mais de 350 pessoas relatou que a substituição de alimentos açucarados por alimentos açucarados com aspartame pode ajudar na manutenção do peso e até na perda de peso - um pouco menos de 1, 5 kg por semana, em média. Outra análise de setembro de 2014 do "American Journal of Clinical Nutrition", que reuniu resultados de 24 estudos envolvendo mais de 100.000 pessoas, descobriu que o uso de adoçantes de baixa caloria estava associado a uma modesta perda de peso.
Aviso e Precauções
O aspartame foi testado e aprovado para uso como adoçante geral pela Food and Drug Administration dos EUA em 1981. De acordo com o FDA, a ingestão diária aceitável, ou nível seguro, é de 50 mg por quilograma de peso corporal. Isso equivale a cerca de 18 a 20 latas de refrigerante sem calorias por dia para um adulto de 50 quilos.
As recomendações da American Heart Association e da American Diabetes Association, publicadas na edição de agosto de 2012 da "Diabetes Care", sugerem que o uso moderado de adoçantes não nutritivos como o aspartame pode ter um efeito positivo na insulina e no açúcar no sangue, ajudando no controle de peso. No entanto, os autores observam que esse será o caso apenas se as calorias não forem aumentadas em outras partes da dieta. Também é importante ter em mente que muitos alimentos que contêm aspartame ainda fornecem calorias e carboidratos de outros ingredientes, mesmo que possam ser rotulados como "sem açúcar".
Finalmente, o aspartame não deve ser consumido por pessoas com fenilcetonúria - uma condição genética rara na qual o corpo não consegue metabolizar adequadamente a fenilalanina, que é um componente do aspartame.