A terapia de eletroestimulação, ou eletroterapia, é uma modalidade comumente usada por fisioterapeutas que envolve o envio de corrente elétrica através de eletrodos colocados na pele. De acordo com "Clinical Electrotherapy", de Roger Nelson e Dean Currier, a eletroestimulação pode ajudar no tratamento da dor, inflamação, cicatrização de feridas, disfunção das articulações, reeducação muscular e comprometimento da circulação. Embora a eletroestimulação seja segura para tratar muitas condições, existem contra-indicações.
Seio carotídeo
A terapia de eletroestimulação não deve ser aplicada sobre os seios carótidos na parte lateral do pescoço. De acordo com o professor assistente Dr. James Fletcher, da Universidade do Arkansas Central, esse uso pode causar um aumento repentino da pressão arterial ou uma queda na freqüência cardíaca.
Câncer
A eletroestimulação não deve ser usada sobre tumores ou tecidos cancerígenos, pois a corrente produzida pode promover a disseminação de células cancerígenas para outras partes do corpo.
Pele rachada
A menos que seja usado especificamente para o tratamento de feridas, a estimulação elétrica não deve ser usada sobre a pele irritada ou quebrada, pois isso pode ser desconfortável para o paciente.
Pacientes desorientados
Segundo Fletcher, a eletroterapia não deve ser tentada em pacientes desorientados ou jovens demais para fornecer feedback coerente sobre a intensidade da estimulação. A eletroestimulação é apenas para pacientes que podem expressar desconforto de maneira confiável e verbal.
Metal
O tratamento com eletroestimulação deve ser evitado próximo a metal ou sobre áreas do corpo com grampos, implantes ou pinos de metal. O uso de soluções tópicas contendo íons metálicos também deve ser evitado sob eletrodos. O metal é um excelente condutor de eletricidade, explica Fletcher, e a estimulação nessas áreas pode levar a ferimentos ou dor.
Coração
A colocação do eletrodo é contra-indicada periférica ao coração, pois os sinais podem interferir nos sinais elétricos do coração. A eletroterapia também deve ser evitada em pacientes com marca-passos e desfibriladores, sugere Fletcher. Os eletrodos não devem ser colocados na área torácica em pacientes com doença cardíaca conhecida.
Gravidez
A Wild Iris Medical Education, Inc, fornecedora de cursos de educação continuada para profissionais de saúde, explica que a estimulação elétrica não deve ser usada em pacientes no primeiro trimestre da gravidez. Os fetos são mais suscetíveis a defeitos congênitos e anormalidades nessas primeiras semanas.
Musculatura Laríngea
A musculatura laríngea sobre a garganta deve ser evitada com eletroterapia, explica Wild Iris Medical Education. O medo é que a corrente elétrica possa causar espasmos nos músculos, o que pode levar à dificuldade em respirar.