Policosanol é uma mistura de álcoois extraídos de cera de cana de açúcar, gérmen de trigo, farelo de arroz ou cera de abelha. É vendido por muitas empresas que anunciam seus efeitos hipolipemiantes. Vários estudos em animais e em seres humanos alegaram que o policosanol derivado da cana-de-açúcar cubana reduz significativamente o colesterol total e o lipoproteína de baixa densidade ou LDL. Além disso, estudos demonstraram que é um potente antioxidante, inibe a agregação plaquetária e é eficaz no tratamento de dores musculares causadas por cãibras devido à má circulação. Quase todos os estudos que afirmam que o policosanol derivado da cana-de-açúcar cubana tem benefícios terapêuticos foram conduzidos por um grupo de pesquisa em Cuba. Outros estudos realizados em outros países demonstraram em ensaios clínicos que o policosanol derivado da cana-de-açúcar cubana não atua como antioxidante ou reduz o colesterol.
Estudos cubanos
Mais de 80 estudos foram publicados sobre poliocosanol derivado da cana de açúcar por um grupo de pesquisa do Centro de Pesquisa Cirúrgica Médica em Havana, Cuba. Os resultados desses estudos demonstraram que doses diárias de 5 a 20 mg de policosanol diminuem o colesterol e o LDL e aumentam a lipoproteína de alta densidade, ou HDL. Esses efeitos foram observados em voluntários saudáveis, diabéticos tipo 2, pacientes com hipercolesterolemia e mulheres na pós-menopausa com hipercolesterolemia. Em vários estudos, o policosanol também diminuiu a agregação plaquetária e os danos nos vasos sanguíneos. O grupo de pesquisa cubano que realizou vários estudos sobre o policosanol detém uma patente para o policosanol derivado da cana de açúcar.
Outros ensaios clínicos
Para confirmar os resultados dos estudos cubanos, um ensaio clínico foi realizado em muitos centros médicos na Alemanha e os resultados foram relatados na edição de maio de 2006 do "Journal of the American Medical Association". Neste ensaio clínico multicêntrico, o policosanol derivado da cana-de-açúcar cubana não foi eficaz na redução de lipídios ou colesterol. Um segundo estudo clínico realizado na Itália e publicado em "Terapias complementares em medicina" também relatou que o policosanol derivado da cana-de-açúcar cubana não reduziu lipídios ou afetou os níveis de colesterol em pessoas com hipercolesterolemia. Outro estudo realizado na Holanda relatou na revista "Metabolism" que o policosanol derivado do germe de trigo não conseguiu diminuir o colesterol e os lipídios em pacientes com colesterol elevado normal a leve.
Diluente de Sangue
Vários estudos cubanos descobriram que o policosanol atua como um diluente do sangue diminuindo a agregação plaquetária. Um estudo realizado na Austrália e publicado na edição de maio de 2010 do "British Journal of Clinical Pharmacology" relatou que o policosanol não teve efeito na agregação plaquetária em indivíduos saudáveis e não afetou as ações do diluente do sangue, a varfarina.
Mal de Parkinson
Um estudo não cubano relatou pequenos benefícios do policosanol em indivíduos com doença de Parkinson. Este estudo também observou que o policosanol aumentou os efeitos colaterais da levodopa, que é o medicamento padrão usado no tratamento de pacientes com doença de Parkinson.
Efeitos colaterais
Estudos cubanos relataram que menos de 1% dos pacientes que usavam policosanol tiveram efeitos colaterais adversos. Os efeitos colaterais relatados incluem dor de cabeça, indigestão, micção excessiva, erupção cutânea, insônia e perda de peso. Além disso, estudos de toxicidade em animais, também realizados em Cuba, usando várias centenas de vezes a dose terapêutica de policosanol, demonstraram que o policosanol não é cancerígeno e não afeta a reprodução, crescimento ou desenvolvimento.